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Foto do escritorThalita Deldotti Alcantara

Orquestra Bravi anima festa junina no Teatro Ouro Verde

“Concerto de São João” traz conhecidas músicas nordestinas e interioranas em arranjos inéditos com objetivo de aproximar erudito e popular



Na manhã de domingo, dia 30, a Orquestra Acadêmica Bravi e convidados encerram de forma muito especial o mês em que se celebram as datas dos santos padroeiros com boa comida, lindas cores e divertidas brincadeiras. Mês atravessado por ecos de um Brasil profundo e sentimental, como hoje raramente se vê – e se ouve. Trata-se do “Concerto Comemorativo de São João”, que ocupa o Teatro Ouro Verde (R. Maranhão, 85 – Centro) às 10h30 evocando ritmos, melodias e letras muitos familiares aos nossos ouvidos, mas com arranjos orquestrais, alguns produzidos especialmente para a ocasião. 


Os ingressos para o espetáculo estão à venda pelo site www.orquestrabravi.com.br, com valores a partir de R$40 e R$20 (meia entrada). Os lugares são numerados e divididos por setor. Caso os ingressos não estejam esgotados no dia da apresentação, eles serão vendidos na bilheteria do Teatro. A classificação indicativa é livre. 


A sonoridade do Concerto, que tem direção artística e regência de Jhonatan Santos, conjuga os instrumentos de cordas friccionadas da Orquestra Bravi (como viola, violino, violoncelo e contrabaixo), de tradição clássica e erudita, com o trio de convidados especializados em música popular brasileira: o violão 7 cordas de Gustavo Gorla, a percussão de João Rissi e os vocais de Paulo Vitor Poloni. Eles somam-se aos mais de vinte músicos, que integram o conjunto orquestral e fazem da Bravi um espaço de estudo e experimentação de diferentes repertórios. 


“Para os músicos da Orquestra, se aproximar desses ritmos populares foi, sem dúvida, a parte mais enriquecedora. Eles vão sair dessa preparação com uma bagagem maior da nossa produção brasileira. E isso se estende ao público, uma vez que vai ser um espetáculo com canto e com as histórias por trás de cada melodia”, explica o diretor artístico. O trabalho de execução dos músicos de Londrina tomou como base arranjos assinados por profissionais de renome nacional, como Alfredo Moura (Salvador), Guilherme Efrom (Curitiba), Aline Falcão (São Paulo) e Caio Azevedo (atualmente radicado em Munique). A produção geral do Concerto é de Thalita Deldotti.


O repertório traz quinze músicas, dentre elas “Assum Preto” (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira), “A boutique da Severina” (Genival Lacerda e  João Gonçalves), “Sabiá lá na gaiola” (Mário Vieira e Hervé Cordovil) e rapsódias como “Ludwig von Gonzaga”, propondo um inusitado encontro de Beethoven com o Rei do Baião. Segundo Santos, uma das principais características deste trabalho é a “brincadeira”, típica das festas populares e que transparece nas músicas por meio do diálogo de naipes e das citações de melodias conhecidas do público. O cantor Paulo Vitor Poloni interpreta sete canções de compositores nordestinos, que integram a memória afetiva dos brasileiros, como “Esperando na Janela” (Targino Gondim, Manuca, Raimundinho do Acordeon), “Deus me proteja” (Chico César) e “Eu só quero um xodó” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas).


Para Poloni, a emoção deste momento é singular, já que, pela primeira vez, será solista de um conjunto de cordas. “O jeito que a voz dialoga com a orquestra é uma forma bastante rígida a partir da estrutura de uma partitura, diferente da experiência com música popular – isso é bastante desafiador, mas também muito estimulante para o cantor”, pontua. 

O roteiro musical terá ainda uma organização dramatúrgica, com textos narrados pelos atores Armando Vieira e Gustavo Chagas a partir de criação de Raquel Sant’Anna. A dramaturga conta que partiu dos próprios enredos das canções e os amarrou de modo a contar uma fábula: “fiz isso por meio de alguns personagens que elegi para viverem as coisas que as músicas falam, com elementos nordestinos. Busquei uma forma de contar essa história que trouxesse para a mente das pessoas que estão ouvindo imagens, metáforas, rimas e sutilezas”.


É a segunda vez que o “Concerto Comemorativo de São João” é apresentado em Londrina. Antes da pandemia, em 2019, o arranjador baiano Alfredo Moura esteve na cidade para a estreia. Foi a partir do contato com ele, quando integrava o Quarteto Caribé, em Salvador, em 2015, que Jhonatan Santos executou parte do repertório de Moura e prospectou, então, expandi-lo para uma orquestra de cordas. O projeto foi realizado em Londrina, dando origem ao “Concerto de São João”.  Nesta segunda edição, o espetáculo agregou outros arranjos, ampliou o repertório, ganhou a linha de voz e os instrumentos populares. A realização é da Orquestra Acadêmica Bravi, com produção da Flua Cultura e apoio da Rádio UEL FM.


Serviço:

Concerto de São João

Orquestra Acadêmica Bravi

Dia 30 de junho (domingo)

Às 10h30

No Cine Teatro Universitário Ouro Verde (R. Maranhão, 85 – Centro)

Ingressos: A partir de R$40 e R$20 (meia-entrada)

Classificação indicativa: Livre


Ficha técnica:

Direção artística: Jhonatan Santos

Produção geral: Thalita Deldotti

Cantor convidado: Paulo Vitor Poloni

Músicos convidados: Gustavo Gorla (violão 7 cordas); João Rissi (percussão)

Músicos (Orquestra Acadêmica Bravi): Marcelo Ramos, Isadora Chieko Miyoshi, Lucas Nathanael Azevedo, Sophia Ketterer, Denise Furtado, Daniel Kenzo (violinos I); Nátalie Nietsche, Luisa Pires, Débora de Paula, Amanda Galdino, Matheus Taichi Otuyama (violinos II); Jhonatan Santos, Miriam de Souza, Rodrigo Salvadego, Karen Milleny, Fernando Campaner (violas); Rose Taques, Fernanda Monteiro, Leonardo Nascimento (violoncelos); Célio Matias (contrabaixo)

Dramaturgia: Raquel Sant’Anna

Atores: Armando Vieira e Gustavo Chagas

Coordenação técnica e iluminação: Raquel Balekian

Técnica de áudio: Angelo Galbiati e Sara Delallo

Assessoria de imprensa: Renato Forin Jr.

Fotos: Fábio Alcover

Vídeos: Natália Cavalcante


Texto Assessoria de Imprensa por Renato Forin

Fotografia por Fábio Alcover


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